segunda-feira, 26 de outubro de 2009

LIVROS E FILHOS

Celso Corrêa de Freitas
Texto de: Celso Corrêa de Freitas para o III Seminário da Escola de Pais do Brasil - Praia Grande-SP

Sempre, em qualquer lugar e tempo, paro para pensar no meu papel de Pai e Sonhador.
Sim, Sonhador! Afinal, sonhos! Há que se tê-los.
Um dos meus sonhos é o de me afirmar como escritor e fazer os meus textos (Poesia, Crônicas e Contos) chegarem cada vez mais aos meus leitores.
Este sonho sempre foi para mim, um grande desafio. Mas, não o maior desafio da minha existência.
O maior desafio da minha vida, no entanto, não é diferente daquele desafio que move quem já o é e deve mover aqueles que pretendem sê-lo.
Antes de revelar o meu maior desafio, algumas considerações:
Publicar um livro não é fácil, os candidatos a escritores que o digam. Mas, quando se consegue publicá-lo, um amplo universo se abre e daí para frente vive-se a pensar no próximo lançamento.
Ter um filho, salvo as dores do parto sentidas pela mãe e analisando como Pai, é fácil. Nos dias de hoje, então!
Se você, jovem que ora lê este texto, bobear, num segundo vira Pai sem pensar em ser. Vira Pai pelo prazer e não pelo querer.
Ter um filho não é como montar o “Boneco” (etapa anterior à edição de um livro), mandá-lo para a revisão e finalmente para a gráfica, onde ele será impresso.
É ser para ele o fio condutor, o exemplo, o suporte. É ser o começo, o meio e o sempre!
Para ajudar-me nesta tarefa que requer de mim, diálogo, respeito, acolhimento, alegria, limites e concessões eu tenho o pilar mais forte da minha Família sã, minha esposa e parceira.
Juntos, guiados pela máxima:
“Quando uma ou mais pessoas assumem a educação de uma criança surge a Família. Quando a Família vence, preserva o futuro da Humanidade.”
Buscamos cumprir nossa missão frente aos nossos filhos.
Que responsabilidade!
Todo dia por volta das 05:40h da manhã, antes de sair de casa para o trabalho, passo no quarto dos meus filhos e dou um nó na ponta de seus cobertores.
Quando eles, um de 14 e o outro com 12 anos, acordam e começam a arrumar as suas camas, eles vêem que eu estive ali a lhes desejar um “Bom dia”.
E este, tanto meu quanto da minha esposa, é o nosso maior desafio.
Conhecer os nossos filhos a cada novo dia com a mesma excitação e entusiasmo de quando os tivemos nos braços, pela primeira vez no primeiro dia de suas vidas.
Estimulá-los, incentivá-los a terem atitudes positivas, libertárias, empreendedoras e responsáveis, em benefício de si mesmo e da sociedade à qual eles estarão ligados pela humanização adquirida.
Se cuidamos da moral dos nossos filhos, valorizando seu caráter e edificando a sua personalidade um outro importante aliado vem somar esforços na tarefa de colocá-los de pé na estrada da vida, a Escola!
Termino esta crônica exaltando a palavra “Escola”. Que palavra linda!
Posto aqui, o meu familiar reconhecimento aos mestres que consolidam através da magia do saber, o futuro dos meus, dos seus e dos nossos filhos.
Viva a Família, Viva a sua Família!
Viva a Escola, Viva a escola do seu filho!
FIM
Celso Corrêa de Freitas
Poeta e Escritor
Membro da Escola de Pais do Brasil – Praia Grande-SP



sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Reunião do CMDCA define semana do Destinação Criança

Nesta quarta-feira (21), o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) se reúne para discutir as diretivas de trabalho do grupo. Dentre as pautas, o grupo acertará os primeiros detalhes da Semana do Programa Destinação Criança marcada para o período de 21 a 27 de novembro. O encontro, às 9 horas, ocorre na sala de capacitação da Secretaria de Educação (Seduc), localizada na Rua José Borges Neto, 50, Bairro Mirim.

“Iremos discutir alguns pontos necessários para a realização da semana do programa destinação criança e prepararemos a programação de atividades”, lembrou a presidente do CMDCA, Catarina Vitti. “Até o momento, está prevista uma reunião com a Associação Comercial e Empresarial de Praia Grande (ACEPG), para que expliquemos com funciona a arrecadação através do imposto de renda devido”.

Além do encontro com os comerciantes da Cidade, também está programada uma apresentação teatral, no Palácio das Artes, para o dia 26 de novembro. “Nosso intuito é convidar as autoridades municipais, para assistir ao espetáculo encenado pelas crianças que moram no abrigo de São Vicente. Com isso, eles terão mais conhecimento sobre a importância deste trabalho social”, explicou Catarina.

A responsável pelo CMDCA ressaltou que os interessados em participar deste ato solidário não precisam esperar a semana do Destinação Criança para fazerem as doações. “Basta realizar o depósito bancário e depois entrar em contato conosco, para que no início do ano seguinte seja enviado o recibo”, salientou.

Solidariedade – Quem participar deste ato de solidariedade, além de ajudar o Conselho Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Praia Grande a desenvolver ações voltadas à infância e juventude, ainda terá a restituição do valor no imposto de renda já no próximo ano. No caso de pessoa física, a destinação é limitada a 6% do valor devido. Para pessoa jurídica, o limite é de 1%. Só pode participar quem declara o imposto de renda pelo modo completo (pessoa física) ou pelo lucro real (jurídica).

Os interessados em obter mais informação sobre o programa podem acessar o endereço eletrônico www.destinacaocrianca.org.br. Por meio do site, o contribuinte consegue fazer a doação ao grupo, bastando indicar o fundo municipal e fazer o depósito. Depois, basta enviar o comprovante ao conselho para que seja providenciado recibo da doação. “Ainda existe a possibilidade de pagamento com boleto bancário. Basta imprimir direto do próprio site e assinalar a Cidade que receberá o benefício”, lembrou a presidente do CMDCA.

Em Praia Grande, para participar dessa ação solidária, os interessados devem fazer depósito na agência 0819-2 da Nossa Caixa, na conta corrente 13.000.149-1, em nome do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA), preenchendo um simples depósito bancário. Depois, o doador deve ligar para o conselho (telefone 3473-2357) ou ir pessoalmente à Secretaria de Educação (Seduc), na Rua José Borges Neto, 50, Bairro Mirim, de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A Orientação Sexual deve ser uma parceria entre a escola e a família

A temática da sexualidade exige atualização, hábito de estudo, compromisso e responsabilidade. Construir um caráter de continuidade e de ressignificação, uma vez que o cotidiano escolar é um ambiente dinâmico e repleto de significação.

Trabalhar com a Orientação Sexual envolve sentimentos e desejos e, portanto, a temática não pode ser abordada só com explicações sobre a anatomia e a fisiologia dos aparelhos reprodutores e com palestras médicas. Deve ser feita com “afeto”[1], sem constrangimentos, através de um programa que possibilite comunicar aos pais sobre a iniciativa, a necessidade e a importância da temática na formação dos seus filhos, bem como, sobre a necessidade de diálogo com a família no decorrer do desenvolvimento desse tema.

Crianças e adolescentes estão descobrindo os limites do próprio corpo e a sexualidade. O sexo é parte da vida das pessoas é por essa razão que a escola e a família devem ajudar a construir desde cedo uma visão sem mitos nem preconceitos[2].

Desde bebês, sentimos prazer em tocar o próprio corpo e descobrir as diferentes sensações que ele nos proporciona. Logo, fingir que a criança e os adolescentes não passam por esse processo é negar a realidade[3]. É também desconhecer que mesmo quando não falamos sobre sexo estamos educando.

Muitas famílias temem que as conversas sobre sexo levem a iniciação sexual do adolescente, o que não é o objetivo da proposta educativa. Por isso, nas conversas com os familiares, cabe aos educadores mostrar que a Orientação Sexual está prevista no PCN3 e faz parte do projeto pedagógico.

Enfatizar que o papel da escola é trabalhar informações científicas, contextualizá-las, propiciar o debate de temas pertinentes à idade de cada turma, objetivando que os jovens tenham uma vida saudável e entendam o que acontece com eles em relação a sua anatomia e a sua fisiologia. Deixar claro que os valores morais e religiosos da família não serão questionados. E, proporcionar atividades paralelas aos alunos cujos pais se oponham à participação do filho nas atividades de Orientação Sexual4.

A Orientação Sexual oportuniza uma parceria com a família abre um espaço para que educadores e pais atuem juntos na formação de crianças e de adolescentes, aproximando a família e a escola num processo de interação. Além de possibilitar discussões que favoreçam o ambiente familiar e de sala de aula, melhora o relacionamento entre pais e educadores garantindo confiabilidade ao trabalho educativo. Contudo é imprescindível que os educadores percebam que sua atuação no processo educativo não é mais uma ação isolada, que as parcerias, a construção coletiva, o diálogo poderão fomentar uma atividade criativa, gratificante e de qualidade, e certamente melhorar a interação escola, família e comunidade.

Autora: Edvânia Santos Correia. L.P. em Ciências Biológicas/ UFAL e especialista em Mídias na Educação/UFAM.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

15 de Outubro Dia dos Professores


Professores: Semeadores da Esperança!

Desde 1827, quando D.Pedro I decretou, no dia 15 de outubro daquele ano, que toda cidade, vila ou lugarejo deveria ter uma escola de ensino elementar, Escolas de Primeiras Letras, determinou-se a essência e razão desta comemoração : o Dia do Professor. Um dia em que as escolas devem parar para comemorar e exaltar, com dignidade e alegria, a função do mestre, o semeador da esperança. Semeadores, assim defino os professores. Semeadores que se dedicam a fomentar a vida, a esperança. Semeiam porque acreditam no futuro pródigo das sementes que regam , todos os dias, incansavelmente. Sementes que brotam, dando frutos e flores, porque a terra é cuidadosamente preparada. Com afeto, dedicação e sabedoria. O futuro plantado em cada aprendiz, a boa semeadura, revela a boniteza do ofício de professor. A boniteza de ser professor, como professava o mestre maior, Paulo Freire:

“Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza. Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por esse saber, se não luto pelas condições materiais necessárias sem as quais meu corpo, descuidado, corre o risco de se amofinar e de já não ser o testemunho que deve ser de lutador pertinaz, que cansa, mas não desiste. Boniteza que se esvai de minha prática se, cheio de mim mesmo, arrogante e desdenhoso dos alunos, não canso de me admirar.”

Eu também sou professor. Sou professor porque tenho paixão pelo que faço. Sou professor porque respeito e admiro os outros professores. Sou professor porque quando olho os meus alunos não vejo apenas sementes, mas frondosas árvores em flor. Sou professor porque me renovo a cada dia, no contato prazeroso com os alunos, porque busco tocar a alma dos jovens e crianças com os quais convivo. Ser professor é uma grande obra, proclamava Cecília Meireles:

“É, certamente, uma grande obra chegar a consolidar-se numa personalidade assim. Ser ao mesmo tempo um resultado — como todos somos — da época, do meio, da família, com características próprias, enérgicas, pessoais, e poder ser o que é cada aluno, descer à sua alma, feita de mil complexidades, também, para se poder pôr em contato com ela, e estimular-lhe o poder vital e a capacidade de evolução.

E ter o coração para se emocionar diante de cada temperamento.
E ter imaginação para sugerir.
E ter conhecimentos para enriquecer os caminhos transitados.”

Que difícil missão a de um professor! E que prazeroso ofício! Como prêmio por sua luta , a certeza de se eternizar em cada um de seus alunos:

“E, depois de ter vivido diante dos seus olhos, dirigindo uma classe, pudesse morar para sempre na sua vida, orientando-a e fortalecendo-a com a inesgotável fecundidade da sua recordação.” (Cecília Meireles)

Reverencio a todos vocês, Semeadores da Esperança!